Este meu Blog está com um perfil extremamente acadêmico. Não que isso seja ruim. Mas, se é para ser acadêmico, há muitos lugares em que se pode ler textos acadêmicos muito melhores que os meus, uma vez que eu sequer formado sou (ainda, é bom que se diga).
Assim sendo, esta será uma das primeiras postagens (se não a primeira) cuja inspiração é de fato uma experiência minha, sentida na pele, e que neste momento em que escrevo, parece que ter fechado uma idéia legal e coesa.
Uma pessoa sábia (e modesta...rs) normalmente passa boa parte da vida se questionando. E só se questiona quem pensa. Quem não pensa já logo aceita algo como dado, pronto, imutável e segue a vida inteira com o mesmo parâmetro e o mesmo paradigma. Não estou dizendo que isto seja melhor ou pior, longe de mim. O fato é que eu não sou assim, seja isto bom ou ruim.
"Que seria melhor pra mim?"; "Estou no lugar certo?"; "Estou fazendo o que deveria ser feito?"; "Estou agindo de acordo com a perspectiva que eu aspiro pra mim?"; "Que será de mim daqui um ano?"; "E daqui 5 anos?". Enfim, as perguntas que podem surgir (e surgem) são muitas. Dependendo da fase da vida então... (vixi...), elas podem se multiplicar mais que um casal de coelhos trancafiados numa jaula escura.
Nos últimos meses, passei por um período recheado de incertezas. Não sou alguém que tenha uma relação saudável com incertezas, principalmente quando elas interferem diretamente na minha vida e no meu futuro. Foi um período extremamente angustiante este que passou (reparou o tempo verbal do último verbo?). Não, eu não respondi a todas as minhas perguntas, querido leitor, e nem sei se algum dia terei a resposta pra tudo. Provavelmente não terei. Melhor assim.
Mas nas minhas poucas décadas de vida já pude chegar a algumas conclusões:
1ª- Fazer mal a si próprio não é algo bom
2ª- Fazer mal a outrem tampouco
Isso me soa óbvio. Provavelmente para meus leitores também soará. Mas isso não responde muita coisa, não é?
Não, não é, querido leitor. Imagine o paraíso em que viveríamos se todos tivessem fixas em suas respectivas cabeças estas duas certezas. Não dá pra imaginar.
Bom, isto prova que estas duas certezas não são tão óbvias assim.
Gente que se perde nas drogas, no álcool, na putaria, no jogo..., enfim, são muitas as maneiras por que se pode se prejudicar. Nem entrarei no mérito de cada um dessas "possibilidades de perdição" (isso seria a volta ao academicismo, que é justamente do que estou tentando fugir neste post).
Voltemos às duas certezas. Elas não indicam um caminho a ser percorrido. Mas fazem justamente o oposto: indicam o caminho a não ser percorrido. Isso já é um ótimo começo.
Não é fácil encontrar seu próprio caminho. O meu (se é que eu de fato encontrei) foi escolhido na base de muita reflexão, e da tentativa/erro, e mesmo assim ainda há várias variáveis indefinidas no entorno. Mas as incertezas nunca param de aparecer, e se um dia pararem é sinal de que se parou de pensar.
Minha conclusão não será a resolução para todas as incertezas do mundo. Tentar isso seria tão megalomaníaco quanto burro da minha parte.
Se você tem uma dúvida, é sinal de que você tem uma escolha a fazer. Não são muitos os que podem escolher. Me arrisco a dizer que são muitos os que não podem escolher. Quem escolhe é um privilegiado, alguém que tem uma oportunidade que outros não tem. Para tomar uma decisão pessoal importante é importantíssimo olhar para a pessoa do lado (ou de baixo).
Portanto, pensar no coletivo (e no bem do coletivo) sempre é uma boa escolha. Quem ajuda o coletivo tende a ser ajudado por ele, ou no mínimo por parte dele. E mesmo que o retorno não venha, a simples sensação de dividir com alguém o que te foi dado, mas não foi dado a outrem já deveria ser suficientemente gratificante. Isso ajudou a sanar parte de minhas incertezas, e provavelmente te ajudará a resolver as suas, leitor.
Uma ação voltada para o bem-comum nunca é uma ação errada. Isto é uma certeza.
Tem certeza?
Paro por aqui hoje.
domingo, 12 de setembro de 2010
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Achei o seu melhor post até agora, continue assim farinha!
ResponderExcluirbeijos nanda.